Cai a noite na minha cidade:
o escuro e o nada;
E as luzes que pintam
os seus contornos diluídos!
E os sons
que cortam os ouvidos
que atordoam
que enervam
são a minha cidade;
-E a mocidade? A mocidade
é a minha cidade...
são as luzes... são os sons...
e a juventude sofrida
desta cidade iluminada,
escura
perdida... e bela!
Oh!-Como é terna a minha cidade!
Silêncio!... Como é duro o silêncio!
Silêncio estúpido do manicómio
é silêncio forçado:
Tirem-lhe os mandões,
deixem os tolos rir
e tudo fica mudado!
e tudo fica mudado!
Abantesmas que somos:
os tolos são finos.
Porque nos rimos?
Tolos somos nós todos
neste manicómio dourado;
Os malucos são lógicos:
não pertencem ao manicómio estouvado
dos espertos
barulhentos
dessoutro manicómio trocado!...
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