Autossuficiente eu?... eu fabricando
meus fatos, meus sapatos...
E os couros?... e as agulhas?... e as linhas?...
Eu o centro...e a paisagem dos outros
obscurecendo meus louros.
Eu... o melhor, o super, o sobre,
o acima de tudo e todos;
Cá em baixo,
com os pés colados à terra,
vegetando... rastejando...
a morte e a vida desfiando
a teia do viver,
uma corda tensa em situação limite,
testemunha de meu frágil ser;
Leproso que sou,
espero um Deus,
à berma do caminho.
Inquilino passageiro,
Inquilino passageiro,
num mundo cheio de megatões,
neutrões e hidrogénio em desalinho,
empacotados em cartuchos de aço
que vigiam lá nas alturas
tudo o que penso.... tudo o que faço!...
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